Última parada antes do Canadá
Neste fim de semana nós nos mudamos para o local aonde ficaremos até irmos embora: a casa da mãe da minha esposa, mais conhecida como "minha sogra".
Ficamos muito indecisos com relação a isso, afinal de contas, estávamos bastante acostumados a morarmos sozinhos, e muitos caras por aí me chamariam de louco. Porém, vimos que é a melhor escolha, pois dentre outras razões, ao invés de pagar aluguel, ampliaremos nossas reservas que deverão ser muito úteis para nos estabelecermos no nosso novo país.
Além disso, minha sogra é muito gente fina, sempre pronta a nos ajudar, e ela estava muito a fim que fôssemos pra lá, visto que daqui a algum tempo iremos ficar bem longe... unimos o útil ao agradável e pra lá nós fomos.
Com relação ao processo, absolutamente nada de novo. Um mês e meio e ninguém mais recebeu pedidos de exames médicos. Isso vem me deixando muito chateado, pois a cada dia reforçamos nosso desejo de sair daqui.
Semana passada, num caso que repercutiu por todo o Brasil, uma mãe viu seu filho de 4 anos ser assassinado por policiais militares. A mulher se viu no meio de uma perseguição policial e os guardas confundiram seu carro com o dos bandidos, disparando 17 tiros e matando a criança que estava no banco de trás.
Você, cidadão, que está dirigindo e de repente percebe que a polícia está a mil por hora atrás do seu carro, com a sirene ligada. O que um bom cidadão deve fazer? Encostar o carro e deixar a polícia passar. Foi exatamente isto que essa senhora fez. O carro da polícia, ao invés de perseguir os bandidos de verdade, encostou atrás do carro da mãe. Desceram dois guardas. A mãe gritou desesperada para o filho: "João Roberto, abaixa!". O filho perguntou, "porquê, mamãe?" Os policiais meteram dezessete balas no carro dela. Aquelas eram as últimas palavras que ela ouviria saírem da boca de seu filho.
Se isso já não fosse a gota d'água, hoje mais um caso de completa incompetência foi escancarado. Um trabalhador foi assassinado pela polícia durante um seqüestro. O rapaz, que trabalhava no InfoGlobo, dona dos maiores jornais do Rio de Janeiro, ao voltar para casa vindo da academia, foi rendido numa avenida da Zona Norte por um criminoso, que o obrigou a ficar no banco do carona. A polícia foi acionada e iniciou-se a perseguição. O delinqüente disparou tiros contra a polícia. O que ela fez? Recuou e chamou reforços? Que nada! Disparou de volta, é lógico! Ambos os ocupantes do veículo ficaram feridos. Os dois foram levados ao hospital.
Mas calma, tenha paciência. O negócio vai ficar mais interessante!
Uma equipe do SBT conseguiu filmar o momento em que o carro parou e a polícia foi lá para verificar a situação. Aparentemente, o policial simplesmente pegou o rapaz pelo pé e jogou no chão, ainda vivo, como se fosse um saco de laranjas. A cabeça do cara bateu no chão. Chutaram o braço dele, como se fosse lixo. Ao invés de chamar uma ambulância, pegaram o cara e enfiaram no carro da polícia, de qualquer jeito, e "desovaram" no hospital mais próximo.
O rapaz chegou morto.
O bandido? Foi operado e não corre risco de vida.
Confesso que ainda não vi o vídeo. Sinceramente, tenho vontade de ver, mas tenho vontade também de não ver, pois tenho a sensação que irei vomitar. Que nojo desse lugar. Nojo, ânsia de vômito, náusea.
Cidade maravilhosa. O que é uma cidade? É um alojamento permanente criado por nós, humanos, com o intuito de nos estabilizarmos em um lugar com facilidades como estradas, casas, campos, etc. Cidade é algo que criamos. O local geográfico aonde nossa cidade reside é realmente maravilhoso. A cidade, mesmo, levando-se em conta apenas o significado da palavra, ou seja, a parte que os humanos criaram, tem algo remotamente parecido com maravilhoso? Seria pelo menos uma cidade "boa"? Sequer isso. É uma cidade lamentável, destruída, podre.
O que podemos fazer senão torcer pra que permaneçamos vivos até podermos sair daqui?
Ficamos muito indecisos com relação a isso, afinal de contas, estávamos bastante acostumados a morarmos sozinhos, e muitos caras por aí me chamariam de louco. Porém, vimos que é a melhor escolha, pois dentre outras razões, ao invés de pagar aluguel, ampliaremos nossas reservas que deverão ser muito úteis para nos estabelecermos no nosso novo país.
Além disso, minha sogra é muito gente fina, sempre pronta a nos ajudar, e ela estava muito a fim que fôssemos pra lá, visto que daqui a algum tempo iremos ficar bem longe... unimos o útil ao agradável e pra lá nós fomos.
Com relação ao processo, absolutamente nada de novo. Um mês e meio e ninguém mais recebeu pedidos de exames médicos. Isso vem me deixando muito chateado, pois a cada dia reforçamos nosso desejo de sair daqui.
Semana passada, num caso que repercutiu por todo o Brasil, uma mãe viu seu filho de 4 anos ser assassinado por policiais militares. A mulher se viu no meio de uma perseguição policial e os guardas confundiram seu carro com o dos bandidos, disparando 17 tiros e matando a criança que estava no banco de trás.
Você, cidadão, que está dirigindo e de repente percebe que a polícia está a mil por hora atrás do seu carro, com a sirene ligada. O que um bom cidadão deve fazer? Encostar o carro e deixar a polícia passar. Foi exatamente isto que essa senhora fez. O carro da polícia, ao invés de perseguir os bandidos de verdade, encostou atrás do carro da mãe. Desceram dois guardas. A mãe gritou desesperada para o filho: "João Roberto, abaixa!". O filho perguntou, "porquê, mamãe?" Os policiais meteram dezessete balas no carro dela. Aquelas eram as últimas palavras que ela ouviria saírem da boca de seu filho.
Se isso já não fosse a gota d'água, hoje mais um caso de completa incompetência foi escancarado. Um trabalhador foi assassinado pela polícia durante um seqüestro. O rapaz, que trabalhava no InfoGlobo, dona dos maiores jornais do Rio de Janeiro, ao voltar para casa vindo da academia, foi rendido numa avenida da Zona Norte por um criminoso, que o obrigou a ficar no banco do carona. A polícia foi acionada e iniciou-se a perseguição. O delinqüente disparou tiros contra a polícia. O que ela fez? Recuou e chamou reforços? Que nada! Disparou de volta, é lógico! Ambos os ocupantes do veículo ficaram feridos. Os dois foram levados ao hospital.
Mas calma, tenha paciência. O negócio vai ficar mais interessante!
Uma equipe do SBT conseguiu filmar o momento em que o carro parou e a polícia foi lá para verificar a situação. Aparentemente, o policial simplesmente pegou o rapaz pelo pé e jogou no chão, ainda vivo, como se fosse um saco de laranjas. A cabeça do cara bateu no chão. Chutaram o braço dele, como se fosse lixo. Ao invés de chamar uma ambulância, pegaram o cara e enfiaram no carro da polícia, de qualquer jeito, e "desovaram" no hospital mais próximo.
O rapaz chegou morto.
O bandido? Foi operado e não corre risco de vida.
Confesso que ainda não vi o vídeo. Sinceramente, tenho vontade de ver, mas tenho vontade também de não ver, pois tenho a sensação que irei vomitar. Que nojo desse lugar. Nojo, ânsia de vômito, náusea.
Cidade maravilhosa. O que é uma cidade? É um alojamento permanente criado por nós, humanos, com o intuito de nos estabilizarmos em um lugar com facilidades como estradas, casas, campos, etc. Cidade é algo que criamos. O local geográfico aonde nossa cidade reside é realmente maravilhoso. A cidade, mesmo, levando-se em conta apenas o significado da palavra, ou seja, a parte que os humanos criaram, tem algo remotamente parecido com maravilhoso? Seria pelo menos uma cidade "boa"? Sequer isso. É uma cidade lamentável, destruída, podre.
O que podemos fazer senão torcer pra que permaneçamos vivos até podermos sair daqui?