O ano da virada
2008 chegou e obviamente fica cada vez mais perto a realidade da nossa mudança de vida.
Sentimos que a carta solicitando a documentação está para chegar e para isso estamos nos preparando com tudo o que é necessário pra isso.
- Precisei fazer uma segunda via do meu RG (longa história, o RG que eu uso é um que eu achei que tinha perdido, e existe um BO dizendo que ele é inválido, e o RG que eu havia feito segunda via, esse eu acabei perdendo depois) - sem um RG válido não consigo pegar antecedentes criminais;
- Consegui mais algumas cartas de referência de trabalhos. Acho que irão faltar 3, pois são de empresas que simplesmente desapareceram da face da Terra;
- Estamos nos preparando pra nos mudarmos do nosso apartamento atual. Iremos colocá-lo à venda pra termos mais dinheiro para começarmos a nova vida no Canadá.
Enquanto isso, vamos vivendo. Mas a cada dia que passa nós temos mais medo de imaginar como deve ser criar filhos aqui no Brasil.
Vejam vocês que ontem mesmo fomos jantar num restaurante em um shopping aqui do Rio, às 21h30. Na porta do restaurante (num espaço aberto, dentro do shopping), uns 50 adolescentes, de bobeira, conversando, rindo. Até aí, tudo bem - só acho meio estranho porque, mesmo quando eu ia ao shopping, com amigos, nessa idade, eu tinha um programa, seja ir ao cinema, depois ir no McDonalds, etc. Não lembro de ficar assim à toa, de pé, a não ser que fosse pra esperar alguém, o que não acho que seja o caso dessa galera. Bom, acho que ninguém precisa ser como eu, certo?
Voltando: entramos, começamos o jantar, quando de repente, a turba do lado de fora começou a se exaltar com alguma coisa (aparentemente, uma menina caiu e bateu a cabeça), e começaram a pular, gesticular e berrar gritos que pareciam da mais violenta torcida organizada. Um centímetro de vidro era o que separava nós de uma massa revolta de mini-hooligans. O "concierge" do restaurante foi à porta pra verificar o que acontecia, e tentar ao menos afastar os desocupados da porta do estabelecimento, quando chegaram os seguranças do shopping. A situação se acalmou um pouco.
Após jantarmos, descemos um andar e fomos tomar um café. Estava eu no caixa, de pé, fazendo meu pedido, quando entra um moleque correndo de outros dois. O perseguido passa por debaixo do balcão da cafeteria, e os outros, gritando, exigem que ele saia de lá para que cheguem "às vias de fato". As atendentes da lanchonete pediam para o rapaz não entrar pois não era funcionário. A situação se acalmou quando os dois valentões saíram da loja e novamente foram chamados os seguranças. Eu não havia sequer acabado de fazer meu pedido!
Em cidades grandes aonde a violência saiu do controle, os shopping centers são alternativas limpas, organizadas, com diversas opções de entretenimento. O que está acontecendo agora é que, mesmo dentro desses locais, os frequentadores já não estão mais seguindo o padrão civilizado de educação, que já não se espera ser encontrado em botecos e afins.
Ficamos imaginando que é muito complicado incutir bons valores em uma criança sabendo que o ambiente que a rodeia é podre. Será que nenhum desses pais dessas 100 crianças sabe que tipo de programa o filho faz de sábado à noite? Ninguém passou para elas a noção de "a sua liberdade termina aonde começa a do próximo"?
Nenhum lugar do mundo é 100% seguro, livre de drogas, más influências e etc., mas por vivência e observação vemos que em países de primeiro mundo a situação é diferente. Se temos a oportunidade de prover um futuro melhor para filhos que futuramente virão, não há porquê não nos aproveitarmos dela.
Sentimos que a carta solicitando a documentação está para chegar e para isso estamos nos preparando com tudo o que é necessário pra isso.
- Precisei fazer uma segunda via do meu RG (longa história, o RG que eu uso é um que eu achei que tinha perdido, e existe um BO dizendo que ele é inválido, e o RG que eu havia feito segunda via, esse eu acabei perdendo depois) - sem um RG válido não consigo pegar antecedentes criminais;
- Consegui mais algumas cartas de referência de trabalhos. Acho que irão faltar 3, pois são de empresas que simplesmente desapareceram da face da Terra;
- Estamos nos preparando pra nos mudarmos do nosso apartamento atual. Iremos colocá-lo à venda pra termos mais dinheiro para começarmos a nova vida no Canadá.
Enquanto isso, vamos vivendo. Mas a cada dia que passa nós temos mais medo de imaginar como deve ser criar filhos aqui no Brasil.
Vejam vocês que ontem mesmo fomos jantar num restaurante em um shopping aqui do Rio, às 21h30. Na porta do restaurante (num espaço aberto, dentro do shopping), uns 50 adolescentes, de bobeira, conversando, rindo. Até aí, tudo bem - só acho meio estranho porque, mesmo quando eu ia ao shopping, com amigos, nessa idade, eu tinha um programa, seja ir ao cinema, depois ir no McDonalds, etc. Não lembro de ficar assim à toa, de pé, a não ser que fosse pra esperar alguém, o que não acho que seja o caso dessa galera. Bom, acho que ninguém precisa ser como eu, certo?
Voltando: entramos, começamos o jantar, quando de repente, a turba do lado de fora começou a se exaltar com alguma coisa (aparentemente, uma menina caiu e bateu a cabeça), e começaram a pular, gesticular e berrar gritos que pareciam da mais violenta torcida organizada. Um centímetro de vidro era o que separava nós de uma massa revolta de mini-hooligans. O "concierge" do restaurante foi à porta pra verificar o que acontecia, e tentar ao menos afastar os desocupados da porta do estabelecimento, quando chegaram os seguranças do shopping. A situação se acalmou um pouco.
Após jantarmos, descemos um andar e fomos tomar um café. Estava eu no caixa, de pé, fazendo meu pedido, quando entra um moleque correndo de outros dois. O perseguido passa por debaixo do balcão da cafeteria, e os outros, gritando, exigem que ele saia de lá para que cheguem "às vias de fato". As atendentes da lanchonete pediam para o rapaz não entrar pois não era funcionário. A situação se acalmou quando os dois valentões saíram da loja e novamente foram chamados os seguranças. Eu não havia sequer acabado de fazer meu pedido!
Em cidades grandes aonde a violência saiu do controle, os shopping centers são alternativas limpas, organizadas, com diversas opções de entretenimento. O que está acontecendo agora é que, mesmo dentro desses locais, os frequentadores já não estão mais seguindo o padrão civilizado de educação, que já não se espera ser encontrado em botecos e afins.
Ficamos imaginando que é muito complicado incutir bons valores em uma criança sabendo que o ambiente que a rodeia é podre. Será que nenhum desses pais dessas 100 crianças sabe que tipo de programa o filho faz de sábado à noite? Ninguém passou para elas a noção de "a sua liberdade termina aonde começa a do próximo"?
Nenhum lugar do mundo é 100% seguro, livre de drogas, más influências e etc., mas por vivência e observação vemos que em países de primeiro mundo a situação é diferente. Se temos a oportunidade de prover um futuro melhor para filhos que futuramente virão, não há porquê não nos aproveitarmos dela.
Marcadores: Cotidiano
1 Comentários:
Nossa, olha, nunca vi isso aqui em Sampa... acho q está realmente feia a coisa no Brasil, mas parece q aí onde vcs moram é o caos total. Com o meu trabalho vejo de tudo e entendo perfeitamente a indignaçaõ de vcs, porque vejo coisas muito barra pesada pra uma escola... enfim... tb penso q não dá pra se criar filhos aqui, quem sabe, eu acabe sendo vizinha de vcs no canad´? rss vi um programa na record news sobre o Canadá e fiquei admirada como o país é organizado! maravilha!
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