U. S. of A.
Neste fim de semana resolvemos fazer uma pequena extravagância: alugamos um carro e demos uma passadinha do outro lado da fronteira com os EUA. É a maior fronteira entre dois países existente no mundo, com quase nove mil quilômetros - aliás, o Canadá é de longe o maior país no mundo dentre os países que fazem fronteira com só um país: o segundo, pra terem uma idéia, é a Papua Nova Guiné, com 5% do tamanho do Canadá.

Adoro informações geográficas completamente inúteis. Não, não achem engraçado não, é sério.
Alugar um carro aqui foi tranquilo, tirando a chateaçãozinha de ter que pagar pelo seguro que eles cobram - carro aqui tem que ter seguro obrigatoriamente - o que fez com que o valor ficasse um pouco acima do que eu simulei pela internet. Porém, já imaginava que talvez tivesse que pagar isso mesmo, então não me incomodei. O carro que nos deram foi um Kia Forte, justamente o carro que eu tava de olho pra quando fosse comprar... foi legal já ter tido uma amostra de como é dirigir uma belezinha daquelas.
Sábado de manhã pegamos o carro e fomos tomar café no IHOP de Niagara Falls. Nós adoramos essa rede de restaurantes e visto que eles não abriram uma filial em Toronto, aproveitamos que estávamos de carro pra irmos lá comer suas deliciosas panquecas. Eu prefiro as minhas au naturel, a Yuki gosta com manteiga derretida e xarope de bordo (não é suquinho de navio não, "bordo" é "maple" em português, pronuncia-se "bôrdo").
Procurando coisas para se ver em Niagara Falls, vi no Wikitravel que uma das coisas é o Queen Victoria Park, um jardim com flores muito bonitas e bem cuidadas, e pensei, vamos lá. Ao chegar no local, percebi que a atração principal ficava do outro lado da rua: as famosas Cataratas do Niagara. É um lugar realmente bem bonito, as cataratas são bem menores que as de Iguaçu, mas o legal é que aquela baita atração natural fica praticamente no meio da cidade (se contarmos as duas cidades "Niagara Falls" de ambos os lados da fronteira como sendo uma só, as quedas ficam exatamente no meio da cidade). Fantástico.

Olha só o pessoal fazendo fila pra descer as cataratas de barril...
Dali, pegamos o carro e fomos pros EUA. Passar pela fronteira não foi tão simples assim, porque pediram pra gente parar e conversar com os oficiais de imigração lá dentro. Provavelmente porque falamos coisas erradas e gaguejamos na hora que os caras fazem as perguntas básicas. A primeira pergunta é sempre "CITIZENSHIP?", e não é, "Good morning sir, what's your citizenship?", é assim mesmo, "CITIZENSHIP?!"... o diálogo foi mais ou menos assim:
- CITIZENSHIP?
- Hum... sorry? (não tinha entendido)
- CITIZENSHIP?!
- Hum... YES! (ainda não tinha entendido, respondi mesmo assim)
- ...
- CANADA! (a Yuki gritou de dentro do carro, provando que entendeu a pergunta, mas provavelmente não sabia o seu significado)
- No, not Canada, Brazil! (eu, finalmente respondendo certo... mas já era tarde demais)

Primeiro somos cidadãos de um país chamado "Yes". Depois, obtivemos a cidadania canadense em apenas dois meses. Incrível!
O oficial provavelmente já nos botou na lista negra depois dessas bolas fora... e aí, ainda por cima, quando ele perguntou quando foi a última vez que eu estive nos EUA, eu respondi que foi ano passado, esquecendo do pequeno "detalhe" de que quando viemos pro Canadá nós pousamos nos EUA, e então a resposta correta seria "há dois meses"... o guarda simplesmente falou "estacionem o carro ali e dirijam-se ao prédio principal".
Chegando na sala, encontramos com mais umas 30 pessoas esperando pra também prosseguirem com suas viagens. E olha que nem era só gente de país de terceiro mundo, não, tinha uns holandeses, vários canadenses... quando chegou na nossa vez um oficial parecido com o Greg Proops do Whose Line Is It Anyway? nos atendeu muito simpaticamente e não fez nenhuma pergunta a mais, simplesmente tirou nossa impressão digital, tirou nossa foto, carimbou nosso passaporte e nos liberou.
Dali fomos pro Fashion Outlets of Niagara Falls, que é um shopping outlet do tamanho do Vaughan Mills, e tirando o fato de ter algumas lojas que não têm por aqui, não é algo que por si só valha a pena cruzar a fronteira.
A razão principal para termos ido para os States ainda estava por vir: um belo almoço no The Cheesecake Factory, no shopping Walden Galleria, em Buffalo, NY. Esse restaurante, sim, faz uma falta danada aqui no Canadá... mas por outro lado é até bom que não tenha isso por aqui, porque senão nós iríamos à falência... hehehe a popcorn shrimp deles é inigualável e os cheesecakes, então, não preciso nem dizer...

Pra finalizar a Yuki fez a limpa na Victoria's Secret, na loja mais próxima possível de Toronto, que é essa que fica nesse shopping em Buffalo. Uma hora e meia depois, estávamos voltando.
Cruzar a fronteira de volta em si foi simples, porém ficamos uma hora na fila. E ainda tivemos sorte, porque no domingo a fila foi bem pior - devido a uma "operação tartaruga" que os oficiais estão aplicando.
Foi uma experiência legal. É bom saber que os EUA estão ali do lado se precisarmos... mas também foi bom ter uma idéia de tempo que se demora pra cruzar a fronteira, e ver que não é tão simples assim, e que também não precisamos fazer isso sempre, porque desse lado da linha imaginária já tem tudo o que realmente precisamos e muito mais.

Adoro informações geográficas completamente inúteis. Não, não achem engraçado não, é sério.
Alugar um carro aqui foi tranquilo, tirando a chateaçãozinha de ter que pagar pelo seguro que eles cobram - carro aqui tem que ter seguro obrigatoriamente - o que fez com que o valor ficasse um pouco acima do que eu simulei pela internet. Porém, já imaginava que talvez tivesse que pagar isso mesmo, então não me incomodei. O carro que nos deram foi um Kia Forte, justamente o carro que eu tava de olho pra quando fosse comprar... foi legal já ter tido uma amostra de como é dirigir uma belezinha daquelas.
Sábado de manhã pegamos o carro e fomos tomar café no IHOP de Niagara Falls. Nós adoramos essa rede de restaurantes e visto que eles não abriram uma filial em Toronto, aproveitamos que estávamos de carro pra irmos lá comer suas deliciosas panquecas. Eu prefiro as minhas au naturel, a Yuki gosta com manteiga derretida e xarope de bordo (não é suquinho de navio não, "bordo" é "maple" em português, pronuncia-se "bôrdo").
Procurando coisas para se ver em Niagara Falls, vi no Wikitravel que uma das coisas é o Queen Victoria Park, um jardim com flores muito bonitas e bem cuidadas, e pensei, vamos lá. Ao chegar no local, percebi que a atração principal ficava do outro lado da rua: as famosas Cataratas do Niagara. É um lugar realmente bem bonito, as cataratas são bem menores que as de Iguaçu, mas o legal é que aquela baita atração natural fica praticamente no meio da cidade (se contarmos as duas cidades "Niagara Falls" de ambos os lados da fronteira como sendo uma só, as quedas ficam exatamente no meio da cidade). Fantástico.

Olha só o pessoal fazendo fila pra descer as cataratas de barril...
Dali, pegamos o carro e fomos pros EUA. Passar pela fronteira não foi tão simples assim, porque pediram pra gente parar e conversar com os oficiais de imigração lá dentro. Provavelmente porque falamos coisas erradas e gaguejamos na hora que os caras fazem as perguntas básicas. A primeira pergunta é sempre "CITIZENSHIP?", e não é, "Good morning sir, what's your citizenship?", é assim mesmo, "CITIZENSHIP?!"... o diálogo foi mais ou menos assim:
- CITIZENSHIP?
- Hum... sorry? (não tinha entendido)
- CITIZENSHIP?!
- Hum... YES! (ainda não tinha entendido, respondi mesmo assim)
- ...
- CANADA! (a Yuki gritou de dentro do carro, provando que entendeu a pergunta, mas provavelmente não sabia o seu significado)
- No, not Canada, Brazil! (eu, finalmente respondendo certo... mas já era tarde demais)

Primeiro somos cidadãos de um país chamado "Yes". Depois, obtivemos a cidadania canadense em apenas dois meses. Incrível!
O oficial provavelmente já nos botou na lista negra depois dessas bolas fora... e aí, ainda por cima, quando ele perguntou quando foi a última vez que eu estive nos EUA, eu respondi que foi ano passado, esquecendo do pequeno "detalhe" de que quando viemos pro Canadá nós pousamos nos EUA, e então a resposta correta seria "há dois meses"... o guarda simplesmente falou "estacionem o carro ali e dirijam-se ao prédio principal".
Chegando na sala, encontramos com mais umas 30 pessoas esperando pra também prosseguirem com suas viagens. E olha que nem era só gente de país de terceiro mundo, não, tinha uns holandeses, vários canadenses... quando chegou na nossa vez um oficial parecido com o Greg Proops do Whose Line Is It Anyway? nos atendeu muito simpaticamente e não fez nenhuma pergunta a mais, simplesmente tirou nossa impressão digital, tirou nossa foto, carimbou nosso passaporte e nos liberou.
Dali fomos pro Fashion Outlets of Niagara Falls, que é um shopping outlet do tamanho do Vaughan Mills, e tirando o fato de ter algumas lojas que não têm por aqui, não é algo que por si só valha a pena cruzar a fronteira.
A razão principal para termos ido para os States ainda estava por vir: um belo almoço no The Cheesecake Factory, no shopping Walden Galleria, em Buffalo, NY. Esse restaurante, sim, faz uma falta danada aqui no Canadá... mas por outro lado é até bom que não tenha isso por aqui, porque senão nós iríamos à falência... hehehe a popcorn shrimp deles é inigualável e os cheesecakes, então, não preciso nem dizer...

Pra finalizar a Yuki fez a limpa na Victoria's Secret, na loja mais próxima possível de Toronto, que é essa que fica nesse shopping em Buffalo. Uma hora e meia depois, estávamos voltando.
Cruzar a fronteira de volta em si foi simples, porém ficamos uma hora na fila. E ainda tivemos sorte, porque no domingo a fila foi bem pior - devido a uma "operação tartaruga" que os oficiais estão aplicando.
Foi uma experiência legal. É bom saber que os EUA estão ali do lado se precisarmos... mas também foi bom ter uma idéia de tempo que se demora pra cruzar a fronteira, e ver que não é tão simples assim, e que também não precisamos fazer isso sempre, porque desse lado da linha imaginária já tem tudo o que realmente precisamos e muito mais.